Superação nas águas de Cuiabá: pela primeira vez, OTC terá atleta PCD competindo na natação

Todos os anos, novos atletas participam das edições das Olimpíadas dos Tribunais de Contas do Brasil (OTC), realizada pela Associação Nacional Olímpica dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil (ANOSTC), e nesse ano não será diferente. Porém, alguns surgem com um desafio que vai além da competição em si, mas algo totalmente pessoal e físico.

 

É o caso da servidora do Tribunal de Contas do Mato Grosso (TCE-MT), Juliana Leal da Silva. Ela atua na instituição desde 2009 e é auditora concursada. Juliana é PCD (Pessoa com Deficiência) e tem uma limitação física devido a uma sequela de Poliomielite, no membro inferior esquerdo.

 

 

Participando pela primeira vez, Juliana irá competir na modalidade Natação e os treinos já começaram. “Nado desde os meus 21 anos e agora estou treinando todos os dias para ganhar resistência e força”, contou ela.

 

 

Segundo a atleta, os servidores do TCE-MT estão animados e cada vez mais empenhados nos treinos, pois o “espírito competitivo chegou” e, por isso, Juliana acredita que o Tribunal tem chances de brigar por mais medalhas nesta edição.

 

 

Sobre desafios, Juliana foi direta! “O meu maior desafio será competir com pessoas que não tem deficiência”, afirmou ela. Porém, a atleta garantiu que está focada nos treinos, fortalecendo os braços para compensar a perda de rendimento que ela terá com as pernas. “Se é possível ser PCD e nadar com pessoas não PCD e ainda assim brigar por medalhas? Pretendo descobrir”, finalizou a contadora.

 

 

Outros casos

 

 

Apesar de ser a primeira vez de Juliana participando da OTC, não é a primeira que as Olimpíadas contam com a participação de uma pessoa com deficiência física. Em 2019, na edição que ocorreu em Manaus-AM, houve a participação de Rossilena Marcolino, do TCE-RO e atleta em cadeira de rodas, que participou na modalidade tiro esportivo feminino. Na época, ela teve 97 em pontuação e ficou em 12° lugar.

 

 

Rossilena ainda participou na modalidade dama, porém perdeu em um confronto na 2° fase para uma atleta de Santa Catarina.

 

 

Quem também é uma referência PCD na OTC é o atleta Oneide de Souza Figueiredo, do TCE-RS. Ele é deficiente visual e, na última edição, ocorrida em Natal-RN, ele disputou na modalidade de corrida 10K masculino Sênior, ficando em 7° lugar.

 

 

Apesar de não ter ainda uma paraolimpíada, a ANOSTC não descarta a possibilidade no futuro, porém também está preparada para receber os atletas PCDs durante as competições nas OTCs.

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